segunda-feira, 15 de julho de 2013

medo do futuro.

como adolescentes, acho que é normal sentirmos medo do futuro. maior parte dos adolescentes têm medo do futuro a nível pessoal: de não encontrarem alguém para lhes fazer companhia para a vida ou de serem daqueles idosos que morrem nas suas casas e que só passado anos é que alguém se lembra que eles existem. obviamente que também sinto medo do futuro a nível a pessoal mas não é algo que me faça sentir um certo " ardor na espinha " cada vez que penso nisso.
o meu maior medo baseia-se no meu futuro profissional. o que farei da vida daqui a uns meros anos ? estarei no curso certo ? conseguirei encontrar um emprego decente que dê para viver, sem me faltar nada ? ficarei dependente dos meus pais por não ter possibilidades ? estas sim, são perguntas que me arrepiam a espinha dia após dia. não apresento uma boa média e acabei de passar para o 11º ano, ano que me assusta imenso, já que é um ano deveras complicado. deparo-me que a crise cada vez mais se instala no nosso país, que existem cada vez menos vagas para a universidade e sinto um medo enorme de, daqui a uns anos, o mundo estar ainda pior a nível educacional. 
tenho medo de chegar ao final do curso e pensar " isto não se identifica nada comigo " e ter de voltar a tirar outro curso. maior parte dos adolescentes que conheço têm o seu futuro programado e sabem o que querem e o que precisam, eu não. faço parte daquele pequeno grupo de adolescentes que anda a vaguear por aí à espera de encontrar um sentido para a vida, embora saiba que tal é difícil ou quase impossível de encontrar. o maior medo que tenho é, daqui a uns anos, ser dependente dos meus pais por não ter possibilidades financeiras para ser independente. eu quero viver a minha vida, quero ter a minha casa, o meu emprego, a minha família, etc. 
cada vez que falam de exames, confesso que me assusto um bocado, terei eu capacidade para realizar um exame e tirar uma boa nota ? conseguirei eu ter uma boa média para entrar na universidade ? é que atualmente, até as pessoas com boas têm dificuldade em arranjar emprego, quanto mais os que têm notas relativamente baixas. acho que a pior sensação deve ser estudar imenso, passar anos na escola a esforçarmo-nos e chegarmos ao final e não termos onde cair mortos.
faço parte daquele pequeno grupo de adolescentes que não quer sair de portugal para ir procurar uma vida melhor porque sinto que portugal tem muitas possibilidades para ser um país 5 estrelas. infelizmente, a probabilidade de portugal melhorar até eu ir para a universidade é escassa mas, tenho sempre esperança.

2 comentários:

  1. Same feelings, acho exatamente o mesmo que tu e tambem faço parte desse pequeno grupo.
    Já te sigo no Twitter e provavelmente vou seguir este teu blog.
    Continua a escrever estes posts, são muito bons!
    Beijos!

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  2. É demasiado complicado, mesmo esta cena dos cursos para o secundario, como esperam que escolhamos o curso que vai definir o resto da nossa vida com apenas 15 anos? Ok, claro que podemos mudarde curso, mas ai ja vamos ter perdido 1 ou 2 anos. Eu acabei agora o 11ano de humanidades, continuo sem ideia nenhuma do que fazer, do que quero! Para o ano vou viver 1 ano para a alemanha num programa de intercambio, espero que consiga crescer e que consiga decidir o que quero da vidq. Nao posso simplesmente acabar o 12ano sem ideia nenhuma! Mas por outro lado, por muito anciosa que esteja por este proximo ano no estrangeiro tambem estou mesmo assustada, não vou conhecer ninguem, não vou falar a lingua, vou estar sozinha sem conforto de casa e os meus amigos.

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